terça-feira, 2 de março de 2010

Adeus Salim!

Com o Grêmio, onde estiver o Grêmio! A frase que hoje, com pequenas modificações, é entoada por qualquer tricolor em qualquer parte do mundo, foi inspiradora para o Grande Lupicínio compor o que é considerado o mais belo hino de um time (me recuso a chamar o Grêmio de clube) do Brasil, quiçá do mundo, tendo em vista que foi feito por um compositor conhecido nos quatro cantos do país.
Pois bem, a frase foi dita por ninguém mais, ninguém menos ,que Salim Nigri, para quem não sabe quem é, trata-se de um torcedor histórico do Imortal, alguém que, mesmo cego, não perdia um jogo do Grêmio, e também não perdia a esportiva, não usava sua paixão para extravasar sua raiva, um Torcedor com “T” maiúsculo, desses que quase não se encontram hoje em dia.
Salim Nigri é uma lenda nas peripécias do futebol, e é claro na zombaria. Certa feita pediu a uma professora de Frances que traduzisse o hino do Imortal para a língua de Platini (é, eu sou um romântico mesmo!)! Trabalho feito e com acompanhamento musical de um pianista, veio o segundo passo. Salim ligou para o Sant’ana as vésperas deste viajar para a França, na copa de 98, e contou o plano. Nem preciso dizer que Sant’ana aceitou na hora, e numa entrada ao vivo disse ao jornalista que havia encontrado em Paris um cd com o hino do Grêmio em francês, na dúvida do executor, fez com que o hino em francês ressoasse na 600 AM, para todos os rincões do Estado.
Colado ao lado do rádio, em seu apartamento no Bomfim, Salim sorriu de orelha a orelha e disse a sua esposa:
– Olha só, velha, o Grêmio é mesmo um sucesso mundial!
E é mesmo Salim, agora te juntas a Eurico Lara, Foguinho e tantos outros que, em sua passagem por este plano, escreveram sua história no mais magnífico time de futebol que existe, seja como jogador, ou como nós Salim, nós, os torcedores!
Muito obrigado!

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