Adeus, Velho e Querido Amigo!

Adeus, Velho e querido amigo!

Para que quieren ir alla? Te tiran cerveza, saco de meo, huevones curados inchando las huevas... Para que quieren ir si uno puede ver por televisión?

Não lembro, sinceramente, quantas vezes eu ouvi o discurso acima, exatamente como está escrito, em espanhol! Meu pai, chileno, nunca aprendeu o português e também nunca quis levar eu e meus irmãos aos jogos, fosse por todas as queixas quanto a quem frequentava as arquibancadas do Olímpico, fosse porque moravamos em Gramado na época, fosse porque não tinha nenhuma vontade de enfiar 3 filhos dentro de um Landau e dirigir 120 km para ficar 90 minutos se incomodando (na visão dele, é claro)!

Pois bem, sempre gostei de futebol, mas com 15 anos, imberbe e com metade do tamanho que tenho hoje, decidi que queria ser jogador, pura, única e simplesmente para poder jogar no Olímpico! Posição? Qualquer uma, queria era jogar! Na infância, jogava na zaga, tendo metade da idade, e da altura, dos jogadores do time adversário, arrancava elogios e olhares de admiração, canelada e chutão eram regra, cara de brabo sempre! Nunca tive técnica e, até hoje, se tu apostar comigo que eu não faço 20 emabixadinhas, eu perco a aposta e vou perder para todo o sempre, não me entra na cabeça o porque de ficar igual a um tonto chutando uma bola pra ti mesmo!

Enfim, estou desvirtuando a história, mas tu vai entender no fim!

Aos 17 anos a familia vem morar em Porto Alegre e a primeira coisa que meu irmão Francisco diz é: Vou te levar no Olímpico!

Tchê rapaz, confesso que eu fiquei nervoso, não sabia como era, não tinha idéia de como poderia ser, sempre ouvira falar no Olímpico, mas e se meu pai tivesse razão? Se me jogassem um saco cheio de mijo? Perguntei para meu irmão se não tinha perigo de acontecer algo e ele respondeu com seu carinho e sua franqueza: Deixa de ser cagão!

Deixei! Dez pilas no bolso, um guri do interior, ainda imberbe, rumando para o seu primeiro jogo, casa lotada, a competição? Libertadores! O jogo? Grêmio x Palmeiras/Parmalat pela fase de grupos da Libertadores de 1995! Fiquei deslumbrado com aquele gigante de concreto, aquela multidão cantando ensandecida, os jogadores ali, a menos de 30 metros de mim, a impressão que eu tinha era de que com as mãos poderia interceder no jogo, era um quadro surreal, fiquei abobado, de boca aberta olhando, as vezes para o jogo, as vezes para a turba ensandecida que gritava loucamente, estava tão encantado que pouca coisa me lembro do jogo, além do placar, claro!

Roberto Carlos acertando uma bomba na trave, Edmundo caindo bem em frente de onde eu estava e a torcida o saudando aos gritos de " au au au, Edmundo chupa pau!". E por fim, do meu irmão, suavemente falando: Puta que pariu, tu é pé-frio pra caralho!. São estas as minhas lembranças daquele jogo!

Provei, naquele ano e nos anos seguintes, que eu não era pé-frio, apesar de que, claro, já vi derrotas inverossímeis do Grêmio, assim como vi vitórias milagrosas e gols decisivos, como o de Aílton em 1996, cerca de um minuto depois do camarada que estava ao meu lado se levantar, dar um tapinha nas minhas costas e dizer: Bah, cara, o Grêmio não vai ser campeão!!

Vi tantas coisas, títulos, jogadores, roubos da arbitragem, gols inesquecíveis de Jardel, Paulo Nunes, Arce, Tcheco, Cadu, Dinho e tantos outros! Mas o meu sonho ainda não estava realizado, eu queria jogar no Olímpico!

No dia 09/12/2011 coloquei meus pés, calçados com chuteiras novinhas, no sagrado gramado do Estádio Monumental Olímpico de Porto Alegre! Meu sonho estava realizado, era vivo, eu estava do outro lado, jogando e ajudando as crianças do IGT (Instituto Geração Tricolor)! A posição? ZAGUEIRO! Não se foge das origens! A mesma cara fechada, carrinhos que jamais me esquecerei e o melhor elogio de todos veio do atacante do outro time: "Pô, deixa passar com a bola dominada, só uma vez!".

Meu ciclo com o Olímpico vai se completando, hoje sou pai de um pequeno gremista que vive em terras cariocas, vi todos os títulos possíveis serem conquistados no nosso Velho Casarão, vivi alegrias mil, tristezas em menor número, amizades, porres, comemorações rezas e choros, amores, e a paixão pelo Grêmio, que meu pai, há 25 anos atrás não soube entender! Vou me despedindo como posso, tentando não pensar, segurando as lágrimas a cada jogo e tendo uma única certeza:

Podem destruir o concreto, as vigas, arquibancadas, retirar o gramado, construir prédios, parques ou a porra que for! Mas o Olímpico que eu carrego nas minhas lembranças e, sobretudo, no meu coração, ninguém jamais destruirá!

Estou escrevendo isso na manhã do dia 03/11, dia de jogo contra a Ponte e a 29 dias do último jogo oficial do Olímpico! Essa é a minha história, que ainda pode ter um apêndice!

Olímpico para sempre!

Mais um Moreira...

A família Moreira parece ser um empecilho na vida dos Gremistas, primeiro o guri que esperneou por uma casa com piscina, piscina esta que acabou por tirar a vida do seu pai!

O segundo Moreira, melhor nem mencionar, o impronunciável, esse aborto da natureza, sequer merece constar nos registros da nossa história, mas infelizmente usou o nosso Grêmio como trampolin para sua carreira na Europa, foi eleito duas vezes o melhor do Mundo, mas muito mais por suas firulas acrobáticas do que por um futebol expressivo!

Eis que agora, mais um Moreira tenta atravancar a vida do maior de todos!

Este senhor, simpatizante do COPIÃO DE TUDO, fala que a Arena oferece riscos, quer proibir a avalanche, quer colocar cadeiras na área reservada a torcida Geral do Grêmio e quer se meter onde não é chamado, simples!

Mas o mais curioso de tudo é que este mesmo Moreira, do alto de suas atribuições, determinou que o Beira-Rio tinha condições de receber o Gre-nal, deixou que se fizesse um jogo no meio daquele entulho, disse que o chiqueirão tinha plenas condições de receber um jogo da grandeza do Gre-nada! E assim aconteceu, no coliseu se realizou o Gre-nada que vencemos, em meio a escombros! E na Arena, estalando de nova, não se pode?

Porque, Sr. Moreira? Aguardamos uma explicação plausível!

Eu acredito...

Eu acredito na seriedade da Brigada em proibir a avalanche na Arena!

Também acredito no Papai Noel, este velhinho bonzinho que vai distribuir presentes a cada criancinha que sentar em seu colo e fazer um pedido (pedófilo filho de uma puta)!

Acredito no coelhinho da páscoa, mesmo que me pareça completamente ridícula a idéia de que um coelho me traga ovos de chocolate, mas se vocês não acreditam, é porque não tem coração!

Eu acredito que os amargos tem o melhor time do Brasil!

Acredito que existe humildade em colorados!

Acredito que o Chiqueirão tenha condições de receber jogos e que a Arena não, afinal o Sr. Alfeu, este ilustre que liberou o aterro e encrenca com a Arena, assim o disse!

Acredito sinceramente que nós, gremistas, estamos coniventes com tudo isso e se assim decidiram, assim respeitaremos, ficaremos quietos e acataremos as ordens de cabeça baixa!

Acredito, ainda, que vocês nada entendem de ironia!

Cerveja e Grêmio, como sempre!

Essa vida de vendedor de cervejas especiais é interessante! Dificilmente consigo vender algo que eu não possa aprovar, ou mesmo provar, por isso estou numa espécie de ressocialização alcoolica! Nada mais de porres descabidos, estou tratando de me tornar um "somellier" de cervejas (meu pai era somellier de vinhos, claro! Deve estar no sangue!) e experimentando alguns rótulos que cabem no meu bolso, sem demasiadas loucuras! Nem sempre se pode tomar todas que desejamos, mas algumas tem me surpreendido bastante! São elas!

Baden Baden Weiss - Das nacionais a melhor Weiss (cerveja feita de trigo) que experimentei! Essa weiss não é sobrecarregada de cravo e canela, possui o gosto de especiarias, porém é suave e refrescante, me agradou bastante e me levou a provar outras variações da Baden Baden, em breve posto aqui!

Amazon Beer Bacuri - Essa pilsen, refrescante e leve, é feita com frutas exóticas da amazônia, neste caso, o Bacuri! Nunca provei a fruta, mas já sei qual o seu cheiro (presente de forma equilibrada na cerveja) e também, algo do seu gosto! A Bacuri é uma cerveja excelente para o verão, não estufa e não enjoa, convida a novos goles!

 Red Stripe - Essa jamaicana é como um reggae, relaxa e tem ritmo contagiante! Uma cerveja leve, um leve frutado de fundo, um leve amargor e muito refrescante! A Red Stripe é muito boa, deixa sempre um gosto de quero mais!

 Bamberg Sepultura! Os 25 anos da banda são comemorados com esta weiss de coloração escura! Uma cerveja forte e marcante, como a banda, notas pesadas de cravo! Uma cerveja que sobe pra cabeça, como as músicas da banda brasileira! Interessantíssima para os amantes das weiss com tom mais agudo de cravo e canela!









Chega de cervejas por hoje! Se quiserem experimentar, apareçam na Beer Code do Barra Shopping Sul e falem comigo! Terei o maior prazer de indicar mais cervejas para vocês!

GRÊMIO!

A notícia de hoje é a renovação de Luxa! Entraves, desinformação e muita especulação da imprensa fizeram parte dessa negociação! Não se embasem pela imprensa! O contrato tem clausula de confidencialidade, ou seja, toda merda que falarem na imprensa, é só merda mesmo! Quanto ao último jogo, me absterei, só quero foco TOTAL na última rodada, na despedida do Olímpico!

Vamos Grêmio, que o ano que vem é nosso, com ARENA, Libertadores e time!

Coice!

É esse mesmo o nome da cerveja! Se deve ao teor alcoolico da mesma, são 11,5% de graduação numa cerveja escura!

A Coruja Coice, que substitui a famosa Labareda do Mestre Wander Wildner, é escura e com um longo amargor no final do gole! Feita com pedaços de canela tostada a Coice não tem aditivos químicos e trás, em seu rótulo, além do desenho de Caé Braga (co-cirador da cerveja) informações sobre o grau de amargor (69 International Bitterness Units (IBU), a temperatura idela para ser consumida (ente 2 a 4 graus) e a maneira de ser armazenada, na vertical!

O rótulo ainda conta com uma trova gaudéria do Caé e a origem da palavra canela!

É interessante saber, embora muitos achem o contrário, que as cervejas escuras não são apenas para o inverno, podem ser degustdas em qualquer ocasião, dependendo do gosto do "cliente"!

O que me levou a experimentá-la foi a promessa de uma cerveja forte e impactante! Foi exatamente o que encontrei, ela acerta mesmo, mas é uma cerveja boa e interessante de degustar, assim que possível repetirei a experiência!

Altamente recomendada!

Delirium Tremens

Caso alguém não saiba, o nome científico das alucinações causadas pela ingetão exagerada do alcóol chama-se delirium tremens!

O famoso elefante cor de rosa é o personagem que ilustra o rótulo dessa cerveja, eleita a melhor do Mundo em 2008, como quem foi rei nunca perde a majestade, ela continua sendo grandiosa!

Suave gosto a cravo, notas levemente frutadas e uma cerveja que faz jus ao título de melhor do Mundo!

Acredito nem precisar fazer uma analogia mais detalhada sobre a delirium tremens e o Grêmio, o final do jogo de ontem, só com porre pra se esquecer, e muitos morangos cor-de rosa vieram povoar nossas alucinações!

Fica a dica da cerveja, vale a pena investir!