quinta-feira, 4 de março de 2010

Everybody Jump!

Por alguma destas últimas semanas me deparei com um cara com um rosto equino, alguns fios de cabelo branco, o corpo meio desengonçado, flácido e com cara de quem nunca na vida freqüentou uma academia, o físico de jogador de pôquer aposentado, como diria meu irmão Francisco.
Esse cara era eu frente ao espelho, no auge de meus trinta e dois anos! Parei um pouco e pensei, era hora de fazer alguma coisa. Fiz, tirei o pó do, nem tão velho, aparelho que minhas irmãs compraram para fazer sua academia particular e resolvi usá-lo, verdade seja dita que, já sim, freqüentei academias, portanto alguma séries de exercícios eu sabia fazer, mas academias me causam um certo mal estar, começa-se com o intuito de ir lá e sair uma montanha de músculos, mas a cada dia que passa parece tornar-se uma prisão, é quase uma obrigação ir a academia, afinal, paga-se por isso. E o que é pior, academias são frequentadas por mulheres, ah! Belas mulheres, que decidem malhar o glúteo bem na tua frente, quanto tu estas compenetrado em fazer sua humilde série de exercícios para o tórax, elas chegam, sempre com aquela calça que nos tempos da minha avó se chamavam fuso, e hoje chamam de legging (na tradução livre, pernando, vai entender esses estilistas), deitam-se de bruços e começam sua série, nisso o pobre indivíduo se perde todo, tenta não olhar, mas é impossível, ali na sua frente ela trabalha a região que é preferência nacional, elas trabalham verdadeiros monumentos já eternizados em funk’s, poemas e alguns termos mais chulos que eu não vou mencionar.
Essa é uma das armadilhas da academia, a outra são os tipos fortões, todos os músculos criaram músculos e desfilam sua macheza por entre aparelhos complexos, mas só até chegar ao espelho do vestiário, onde ficam horas se “narcisando” com seus músculos, tipos bastante estranhos, representantes do individualismo coletivo, vai saber...
Bem, como eu não gosto desse ambiente de academias, onde afinal com a presença feminina a concentração é difícil, e por estar em uma crise financeira, resolvi fazer tudo em casa. Sem pressões, apenas para desopilar! O bicho é complexo e na primeira tentativa de exercitar meus tríceps vi que estou mais acabado do que eu poderia supor, fazer quinze quilos moverem-se foi complicado, bíceps, mais vergonhoso ainda, fazer com que oito quilos desafiassem a lei da gravidade me fez pensar seriamente em seguir a cartilha de exercícios de Charles Atlas, uma toalha e força contra força, nada mais.
Por sorte meu cunhado Diogo, que conhece algumas coisas desse mundo tão exótico das academias, me ajudou a entender como funcionava o aparelho.
Agora encontro menos dificuldades para brincar sem pressões e sem a presença feminina por perto, uma pena, mas talvez dessa maneira eu consiga chegar a algum lugar.

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