terça-feira, 7 de junho de 2011

Insânia - parte 3


Roger G. suspirou, coçou o tornozelo que estava envolto em uma espécie de sebo, resultado da pele morta que se acumulara devido a falta de banho e ao suor, sentiu-se contente por ter ferido a inimiga, tomou mais um gole de vinho, já não sentia o corpo unamente, parecia que seus órgãos internos estavam espalhados pela sala, os sentia frios e sujos, e o cérebro flutuava fora da caixa craniana, doendo! Voltou a ouvir barulho, achava que eram elas voltando, o barulho parou e G. exprimiu toda a sua insatisfação em relação a suas novas inquilinas. Malditas baratas!
Baratas são seres detestáveis, é provavel que detestamo-as mais ainda pois sabemos que são as últimas sobreviventes que ficariam após uma catástrofe nuclear, era ruim pensar que nós evolumanos não resistiríamos a isso enquanto que essas maledicências de multipatas sobreviveriam, no lixo em que se reproduzem é quase incrível acreditar que sejam tão resistentes, se alimentam de sobras, esgueiram-se pelas casas a noite, é repugnante pensar que elas caminham por cima de tudo e que depois nós usamos essas coisas que elas pisoteiam, sera que naftalina ainda resolve?
o que importava agora a droga da naftalina? Seus antepassados eram caçadores, e era assim que acabaria com elas, por meio de uma caçada, uma guerra de nervos, os mais fracos sucumbiriam primeiro, tinha certeza que não seria ele o primeiro. Não desta vez, sempre fora o mais fraco do grupo de escola e do de amigos, era sempre ele que cansava primeiro, era sempre ele o primeiro a ir dormir, mas as baratas não seriam páreo para ele, elas haviam ido enmora, mas ele as esperaria, sabia que era só questão de tempo até que sentissem fome e voltassem para se confrontar com ele.

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