Transgredir o preconceito!

Hoje eu não venho falar de Grêmio, nem de cerveja, muito menos fazer piadas com o lado vermelho!

Lendo tantas matérias a respeito de "marcha-disso-marcha-daquilo-marcha-acolá" parei para pensar um pouco! E, como já dizia a célebre frase, da qual não lembro o autor: "Pensar é transgredir!".

Sou só eu que acho isso chato pra caramba? É sério, de verdade. Haja tanto saco para ver um bando de gente caminhando e gritando por aquilo que eles julgam certo, de "vadias" até os que defendem a maconha, de pessoas defendendo suas orientações sexuais até os contrários a corrupção!

Querem gritar para a sociedade sobre quem são e se esquecem de ser eles mesmos!

Eu me defino como homem, heterossexual, de meia-idade, blogueiro, pai e gremista. Isso é o que eu sou a olhos vistos para a sociedade, nunca escondi isso de ninguém e nem tenho porque esconder, porém, por nenhum desses motivos eu sairia a rua para protestar! Tu nunca vai me ver na marcha dos homens (o que seria ridículo nessa sociedade, ainda, patriarcal em que vivemos), muito menos desfilando pelo orgulho hetero, jamais numa marcha de igualdade de direitos aos de meia-idade! Quanto ao blogueiro e gremista, isso eu me expresso aqui e no Olímpico!

Mas voltemos ao real problema! Eu jogo meus dentes da frente como, no meio da marcha das auto-intituladas vadias, não deveria ter, pelo menos uma, que acha a ex do atual namorado uma vadia, no sentido pejorativo da palavra! Ou seja, querem o direito de se vestir como tal, mas julgam quem, na opinião delas, age como tal, ainda mais quando é com o namorado atual.

Apenas para ficar com um exemplo, e embasar o quarto parágrafo! Querem gritar para a sociedade sobre quem são e esquecem de ser eles mesmos! Na marcha das vadias, pregavam a liberdade, mas aposto que o preconceito contra as outras era vivo, numa marcha de orgulho hetero, aposto como deve ter um monte de enrustidos no meio, numa marcha contra a maconha deve ter quem odeia gente que fuma cigarro, na marcha contra a corrupção, deve ter um monte que dobraria os joelhos por um milhão!

Eu não tenho nada contra quem vai nessas marchas, acho que cada um faz o que bem entender, desde que não transgrida as regras da sociedade! Apenas acho que qualquer pessoa que se auto-intitule isso ou aquilo, deveria refletir um pouco e ver se consegue superar o próprio preconceito.

Aí sim caminharíamos para uma sociedade mais evoluída e mais livre de preconceitos!